quarta-feira, 29 de julho de 2009

Apenas Sendo...

Como explicar que o meu maior medo é o de ser? Como se explica que o meu maior medo é o de ir vivendo sendo?? Ahhh quanta confusão encontro neste mundo febril de mim mesma. Deixar esse medo é como deixar de ser quem sou. Não!! Não estou pronta para tal sacrifício. Mas seria isto? Um sacrifício, um mártirio de mim? É como andar de muletas, tendo pernas. Sei viver assim com minhas partes, não sei exercer o desapego. Seria isso o medo de uma desilusão? Então talvez a definição de desilusão seria não pertencer a padrões pré estabelecidos. Se assim fosse, a maioria das pessoas estariam muito felizes por se desiludirem. E eu? Estou? E o medo de ainda continuar sendo este protótipo que me define?Teria eu a coragem infantil de me perder?
E se isso acontecesse eu teria que ir me achando...
Não seria isso o que defini-se de vida? Encontrar-se todos os dias, renovar-se a cada experiência? Isso me faz perceber que eu estive presa. Mas eu quero me libertar?? Eu era feliz na minha segurança? A gente é aquilo que nos apresenta como conforto, como certo, como seguro. E se ser não for mais seguro pra mim? Então o redescobrir-se é o caminho que devo seguir, afinal segurança não é sinal de que se está vivo, mas sim de quem já morreu.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Desconhecido

Desconhecido. É esse o seu nome, não é? É esse nome que não sai da minha cabeça e me faz delirar numa frenesie louca de poder te conhecer. Ahhh desconhecido, vc pensa que é ligeiro e que pode sem dó ou piedade se esquivar sempre. Veja bem desconhecido, você pode até não querer os holofótes, mas não é assim tão obscuro não. Eu sei que o seu passatempo prefirido é impor a sensação de medo, temor e ansiedade. Mas olha aqui desconhecido, eu não tenho medo de você não!! Talvez eu tenha nascido com alguma teclazinha que desliga em mim, o efeito que você deixa na maioria das pessoas.
Eu sei que um dia a gente vai bater de frente. Você não vai poder se esquivar de mim nem virando herói de alguma história hollywodiana.
Quero te olhar nos olhos e ver o que você tão arduamente esconde. Desconhecido, espero lutar freneticamente e vou contra você. Sei que não vai se entregar assim tão facilmente. Mas estou certa de que vencerei. Ahhh como anseio este momento desconhecido, porque sei que quando encontrá-lo a vida vai sorrir e eu então poderei mergulhar e fazer o que eu sempre quis: abraçar totalmente e infinitamente você: O CONHECIDO!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Amar Você

Se você estivesse comigo agora
para viver o que não foi possível;
para amar o que foi esquecido;
e esquecer o que não pôde ser amado...

Se você estiver agora
vivendo o imprescindível;
fazendo o desnecessário;
e sentindo o inesperado...

Se o imprescindível for amar-me;
o desnecessário esquecer-me;
o inesperado encontrar-me..

É melhor que venha preparado
para viver o impossível;
amar o indescritível;
sonhar a realidade;
e realizar um grande sonho...

Venha sem pensar;
venha por querer;
venha sem razão...

E antes de imaginar
o que não será
lembre-se de que tudo é ,
basta pensar e querer
sonhar e viver;
crer e amar...

mas não demora,
pois tenho pressa
penso que já é hora...

Quero viver
o impossível;
sonhar a realidade;
acreditar no amor ...

amar você ;
viver você...

imprescindivelmente,
inesperadamente,
necessariamente,
desesperadamente
você!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Caminhos

Amanheceu. Olho para os lados e nada encontro, há somente o vazio. Lentamente fixo meus olhos na janela e observo por alguns instantes as marcas que a tempestade deixou. Então em um ápice de insanidade corro pelas escadas, abro a porta e torno a olhar a rua. Silêncio total. Tento não deixar que as lágrimas escorram sobre minha face, mas elas são mais fortes do que eu. Sabendo-me vencida volto pelo mesmo caminho e fico a imaginar, se aqueles beijos, os toques, o teu olhar, o brinde, o champanhe, as promessas, o luar, foram apenas uma ilusão. Tudo um sonho que se desfez quando eu ousei abrir os olhos outra vez.
Sentada no sofá releembrando o que se passara, tento procurar vestígios daquele momento mágico, onde eu era a protagonista de um amor mais forte que deixaria Romeu e Julieta esquecidos na sua própria tragédia. Ainda pertubada pela intensidade dos meus pensamentos volto a olhar o meu corpo inflamado pelo amor, mas também castigado pela duvida da dor.
Novamente em um ímpeto de loucura me levanto e corro pela rua. Tenho que ir...
Sem destino ou mesmo sem um lugar para se querer chegar, apenas ir...
Talvez assim eu esqueça de tudo o que aconteceu, talvez esqueça que um dia eu amei, me entreguei: corpo, alma, coração. E encontrei o vazio, a dor e a desilusão. Talvez eu esqueça que me deixei levar, acreditando que era o amor que tinha vindo para ficar, mas era apenas o desejo tomando o seu lugar.

domingo, 19 de julho de 2009

Vício

Vício, não. Se você é viciado em alguém, vai só até a metade do caminho: revolta, lágrimas, saudade e recaída. E pára por aí. Insiste na recaída. A ansiedade faz você cometer loucuras para ter o seu amor de volta, e quando consegue cinco minutos com ele, atira-se com volúpia: fuma, cheira, bebe o cara até a última gota. Depois? Uma inebriante sensação de cura. Não, você não precisa mais dele. Pode muito bem passar sem ele. Você nem o acha tão atraente assim, e volta para casa sentindo-se um Hércules de saias: conseguiu vencer a si própria.
Passam-se então duas semanas e você liga para a companhia telefônica para saber se sua linha está com defeito. O telefone simplesmente não toca! Seu carro também já não obedece suas ordens: dirige-se sozinho para a rua onde mora o querido, só para ver se a moto dele está em frente à garagem. Está. Então ele não voltou para Vênus, continua na cidade. Você começa a suar frio. Sente vertigens. Mastiga o lápis do escritório, derrama café nos colegas, treme ao segurar um copo. Diagnóstico: crise de abstinência. Você o procura. Precisa urgente de uma injeção de carinho na veia.
O final dessa história? Não existe. Ele precisa dela também, caso contrário nem abriria a porta. Reivindica-se a criação urgente de um AA: Apaixonados Anônimos. Assim como tem gente que, para vencer o alcoolismo, evita dar oprimeiro gole, algumas pessoas precisam aprender a evitar o primeiro beijo para não reincidir num amor que faz mal à saúde.

Sim, Eu Aprendi!!!

Aprendi a rír para não chorar
aprendi a calar quando precisava falar
Aprendi a cantar para encobrir a solidão
Aprendi a não escutar a voz do meu coração
Aprendi ver coisas ruins e depois esquecer
Aprendi a acreditar em tudo para não enlouquecer
Aprendi a reter a mão a quem precisava ajudar
Aprendi a seguir em frente sem me importar
Aprendi a viver na sociedade sem saber que apenas fazia parte da mediocridade

SIM , EU APRENDI

Aprendi um pouco de tudo...
... Menos ser EU mesma!!!