quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Palavras...

As vezes eu me perco no que gostaria de escrever. Fico lendo e lendo vários autores, poetas, pessoas que falam com palavras. Sim... falar não é apenas babulciar letras, conjunções e achar que está assim se dizendo alguma coisa. Há pessoas que realmente falam. São pessoas que usam a alma para fazer isso. Nos indentificamos com a escrita simplesmente porque a sentimos. Não me atrevo a pensar em mim desta forma. Na maioria das vezes apenas escapam palavras incoerentes de uma vida que não via o sentido das coisas. Mas hoje, eu quero escrever com minha alma. Estou em paz, não há dúvidas, não há incoerências... há a paz. Esta que excede todo o entendimento. Esta paz que não deveria estar aqui no peito me invadindo e aumentando a medida que digito febrilmente este texto. Esta paz que embora haja lutas travadas, montanhas a serem ultrapassadas, metas a serem superadas, o estresse da correria tão rotineira, ainda assim está aí. A Paz que ninguém pode me tomar, roubar, invejar porque ela me foi dada. Apenas uma coisa pode me tirá-la: eu mesma. Simples assim. Posso perdê-la! Mesmo sabendo disso, eu sei que poderia voltar a tê-la no momento que percebesse q houvesse perdido. A paz que só encontro quando me ajoelho ao lado da minha cama e elevo o meu coração a Deus, o único possuidor de TODAS as coisas que me são necessárias. Aqui estou eu mais uma noite, quase madrugada, me elevando a Ele para agradecer por ser humana e errar. Quantos erros são cometidos e muitas vezes não nos damos conta disso, ou se damos, na maioria das vezes é tarde para que aja arrependimento. Não querendo correr esse risco, clamo por perdão, com a convicção que o meu pedido de perdão virá acompanhado da misericórdia Dele, que é o motivo por eu ainda estar viva. Obrigada Pai!!
Hoje eu estou em paz, porque hoje eu estou com DEUS!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Palavras ao vento...

Detesto quando quero escrever algo e as palavras me faltam. Detesto quando quero expressar meus pensamentos, minhas vontades e não encontro as palavras adequadas para isso. Detesto me sentir assim: impotente!! Detesto ter que recomeçar a escrever e a reescrever e a reescrever... Destesto quando estou assim incoerente comigo, com meus pensamentos. Detesto quando simplesmente travo!! ahhh... Não é justo!! Mas que justiça há quando falamos em sentimentos? Iludo-me ao pensar que poderia descrever as incoerencias dentro de mim. Talvez seja melhor eu parar de tentar e esquecer. Mas isso não ouso fazer porque sei que a agonia que me corroi grita. Que agonia é essa!! Que incerteza é essa que não deixa me expressar da maneira que preciso!! Estranho! Com tantos anos vividos, nunca me senti assim: tão vazia de mim, oca de palavras e atitudes. Absolutamente não sei o que fazer. Talvez seja melhor descer a rua e tentar achar com os olhos, o que o coração procura: Ser feliz!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Uma carta para o meu irmão


Estava navegando na internet quando me deparei com a notícia que o ator Patrick Swaze morreu, vítima de um câncer no pancreas. Ele lutou contra a doença por dois anos. O irônico disso foi que ao abrir o blog para escrever, quis escrever sobre você. Coincidência? Não. Vc sabe muito bem que não acredito nisso. Acredito no mover de Deus. Me sensibilizo com a dor da família do ator e de milhares de pessoas que passaram por isso. Afinal eu sei muito bem o que elas sentiram. Eu sei o que é quando os médicos não podem mais fazer nada e o diagnóstico é fatal. Como conheço esse sentimento de impotência, tristeza, dor.
Quando éramos crianças, assistimos vários filmes dele, lembra?? Qts vezes vc me fez assistir a Dirty Dance!! Costumávamos brincar que vc até parecia com ele fisicamente: Loiro, olhos claros, um sorriso no rosto, o olhar expressivo, um guerreiro. Só que nunca imaginávamos que vcs teriam mais uma coisa em comum: A mesma doença.
Recordo cada dia em que estive no hospital durante o tempo em que vc ficou lá. Os corredores tinham cheiro de desesperança. Vimos pessoas se curarem e pessoas partirem. Isso fazia parte do nosso dia a dia. Quantas vezes chegavamos para visitá-lo, mas não o encontravamos em seu quarto. Dias de CTI, várias cirurgias, medicamentos fortes. Foi uma época difícil. Mas crescemos.
Lembro-me de um rapaz q ficava próximo a vc, não tinha completado 15 anos e estava paralítico. Como estava abandonado e com alta, o hospital não se sentia na obrigação de alimentá-lo. Naquela situação me senti tão orgulhosa de vc!! Tive muitos momentos de me orgulhar de ser sua irmã. Mas nenhum outro foi tão forte quanto aquele. Embora frágil, devido a radio, aos medicamentos e as cirurgias ao qual vc estava se submetendo, mesmo com a dor que isso lhe trazia, pois a anestesia não fazia efeito. Como vc mesmo descreveu:" senti cada momento em que rasgavam minha pele". Embora sofrendo, ( não quero transformá-lo em mártir, longe disso), vc foi capaz de muitas vezes doar a sua comida e as frutas ao qual sempre levávamos. Como aprendi sobre solidariedade, sobre amor ao próximo naquela situação.
Louvo a Deus porque embora a biópsia, os laudos médicos, as previsões de que vc não sobreviveria, a última palavra sempre foi de Deus. O Homem disse que vc morreria, mas Deus disse que o milagre aconteceria. A última palavra sempre será do PAI. Não me canso de agradecer ao meu Senhor, por permitir que vc esteja aqui com a gente, vendo teu filho crescer e gozando de uma ótima saúde. Obrigada Jesus,meu Mestre, por permitir que aprendessemos tanto com a dor e que nos alegrassemos tanto com o impossível que só o Senhor tornou possível. Afinal, como um câncer desses pode simplesmente desaparecer?? E ainda tem gente que não acredita em Ti.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Meu sorriso!!

Quando me deparei com minha imagem no espelho hoje, me assustei. Não era a mesma imagem ao qual sempre me vi ao acordar. Ao invés de bochechas rosadas e olhos cansados, lá estava uma mulher que não tinha visto outrora. Fitei-me por um longo momento, observando cada detalhe que compunha este novo reflexo. Vi que meus olhos estavam mais brilhantes e meu rosto mais pálido, mas a diferença não estava ali, mas sim no sorriso que se alargava a medida que me observava. Engraçado isso. Não que nunca houvesse sorrido ao acordar, mas este não era um sorriso comum. Tentei pensar o porque do sorriso. Descobri que desta vez não havia uma razão específica. Compreendi que por detrás do brilho em meu rosto, não havia uma história para que estivesse ali. Hoje eu descobri que não há necessidade de uma história, um fato, um acontecimento ou uma pessoa, para que o meu sorriso se torne mais brilhante. Que descoberta eu fiz!!
Hoje ninguém no mundo apaga este sorriso... simplesmente porque não estou sorrindo para uma lembrança, uma pessoa, ou mesmo uma imagem.
Estou sorrindo pra VIDA!!