quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus 2009...

Não quero terminar meu ano com a postagem de alguém a não ser de mim mesma. Quando decidi ter este blog, foi no intuito de escrever tudo o que se passa nesse mundinho louco de mim mesma. Por isso não seria legal terminar um ano tão incrivelmente revelador com um texto já escrito. Poderia estar escrevendo estas mal traçadas linhas com pensamentos de otimismo, reflexões ou todas aquelas bobagens de fim de ano. Mas não cabe a mim fazê-lo. Você pode estar pensando que sou uma pessimista, assim como esta chuva que bate no vidro da minha janela. Estou apenas tentando deixar que a razão fale mais alto do que a emoção.

Vocês já perceberam q muitas pessoas só pedem perdão no natal? Que parecem mais "felizes" no ano novo?? Gente, pelo amor de Deus, vamos acordar??? Se deixarmos para fazermos estes atos somente em épocas pré-estabelecidas, estaremos vivendo um ano em poucos dias!! Natal se comemora todo dia, pois é o simbolo do amor de Deus, ao dar seu Filho por nós. Natal é amor. E amor não tem dia "certo" para celebrar. Temos a responsabilidade de amar e perdoar todos os dias. Devemos isso a nós. Felicidade é nossa obrigação. A não ser é claro que vc seja aquela pessoa q veio ao mundo com outra missão que não seja ser feliz!!

Não tô dizendo que nossa vida será um eterno mar de rosas, mas os espinhos, as tempestades, as perdas, tudo isso que nos acomete, são sim para que possamos crescer como ser humano e nos fortalecer. Te convido para fechar os olhos e relembrar uma época difícil da sua vida e lembrar como vc está hj. Como aquela situação se converteu ao seu favor. Eu sei como estas experiências podem ser dolorosas. Mas isso não significa permanecer com o coração voltado apenas para as velhas dores.

Muitos esperam o Ano Novo para poder renovar suas esperanças. Por que não fazer isso agora?? Por que deixar para um dia específico?? Que 2010 seja ano novo todos os dias. Que vc encontre a coragem para renovar suas esperanças, sonhos, espectativas todos os dias. Isso sim é uma grande batalha.

Enfim, me despeço de 2009 com a certeza que eu deveria ter vivido tudo o que vivi. Que não preciso de uma data para me lembrar que as pessoas que estão próximas a mim, são importantes e que cultivar a amizade delas é meu desafio diário. Obrigada 2009, por tudo o que me ensinou. Por cada tristeza, luta e cansaço. Por cada alegria, abraço e beijos. Por cada lição que vou levar para toda vida.

Bem Vindo 2010!!

2009

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho. É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora. Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais, perdemos pessoas que amamos...

Mas, pensa só:

Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Eu quero viver bem... E você? 2009 foi um ano cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas e perdas, reencontros...

Normal.

2010 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o Homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo pra todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.. O nosso desejo não se realizou?

Beleza...Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento - me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: 'cuidado com seus sonhos, desejos, eles podem se tornar realidade.'

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano...Mas,se a gente se entender e permitir olhar o outro e o mundo com generosidade,as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial!

2010 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente.

Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

2010 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, especial!

Depende de mim... De você.

Pode ser... E que seja!'

Arnaldo Jabor

Me Encante...

Me encante da maneira que você quiser, como você souber. Me encante para que eu possa me dar. Me encante nos mínimos detalhes. Saiba me sorrir, aquele sorriso,malicioso e gostoso inocente e carente.


Me encante com suas mãos, gesticule quando for preciso me toque, quero correr esse risco. Me acarinhe se quiser,vou fingir que não entendo que nem queria esse momento. Me encante com seus olhos,me olhe profundo mas só por um segundo,depois desvie o seu olhar como se o meu olhar,não tivesse conseguido te encantar... e então, volte a me fitar,tão profundamente que eu fique perdida sem saber o que falar...


Me encante com suas palavras,me fale dos seus sonhos dos seus prazeres,me conte segredos sem medos... E depois me diga o quanto te encantei. Me encante com serenidade,mas não se esqueça também tem que ser com simplicidade não pode haver maldade. Me encante com uma certa calma não tem pressa,tente entender minha alma. Me encante como você fez com a primeira namorada sem subterfúgios,sem cálculos,sem dúvidas,com certeza.


Me encante na calada da madrugada,na luz do sol ou embaixo da chuva. Me encante sem dizer nada ou até dizendo tudo sorrindo ou chorando,triste ou alegre... mas me encante de verdade,com vontade... que depois eu te confesso que me apaixonei e prometo te encantar todos os dias do resto das nossas vidas!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mimo de um grande homem...

E novamente...
Outra vez...
E, de novo...

Então, mocinha de ares ArtNoveaux,
doce, suave, exótica,
alva e instigante, qual Vennus de Luz!...

Temendo o sentido da repetição,
o que mais das vezes, aos que assim incidem,
passam a serem vistos e tidos como sendo "CHATOS",
mas corro o risco, novamente, outra vez e, de novo,
neste pensamento a que você, já me concita a voos antes, até aqui,
inimagináveis...

E, assim pensando, Paula,
conscio de que um pensamento se impregnado de AMOR,
já dizia o pensador e poeta,
se torna invencível, à face da Lei de Atração Universal,
é que corro o risco vindo arriscar, essas mal traçadas linhas (rssrs)
estando plena e totalmente ciente de que temos,
ao que tudo parece a mim indicar,
expectativas afins, as quais você parece ter,
cinscuncritamente, aqui delineadas,
até por conta do seu olhar, meio que enigmático...

Desculpas se estive um INVASIVO...
um SEM NOÇÃO...
um CHATO...
um TONTO...

Tentar e falhar é, pelo menos, aprender.
Não chegar a tentar,
é sofrer a inestimável perda do que poderia ter sido.

Em essência, Paula,
nós fazemos chorar aqueles que cuidam de nós.
Nos choramos por aqueles que nunca cuidam de nós.
E nós cuidamos de quem nunca vão chorar por nós.

Essa é a vida, mas é verdade.
Uma vez que entendamos isso,
nunca será tarde pra mudar.
(grifos meus...).

Mas olhe, não se acostume com o que não a faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.

Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!

Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.

Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!

Se o achar, segure-o!
.Fernando Pessoa.

De outro lado, Mocinha Dourada,
nao da mesma moeda, talvez,
vejo em você componentes que a mim estimulam e muito,
como seu ar de delicadeza,
debruçado por sobre essa sua docilidade e mansuetude,
inatas em você.

Por assim dizer, acredite sempre no amor, viu?!...
Não fomos feitos para a solidão.

Se você, Paula, está sofrendo por amor,
está com a pessoa errada ou
amando de uma forma ruim para você.

Caso tenha se separado,
curta a dor, mas se abra para outro amor.

E se estiver amando,
declare o seu amor.

Cada vez mais, devemos exercer,
o nosso direito de buscar o que queremos
(sobretudo no amor).

Mas atenção:
elegância e bom senso são fundamentais.

Arrisque!
O amor não é para covardes.

Quem fica a noite em casa sozinho,
só terá que decidir que pizza pedir.
E o único risco será o de engordar...

Mas lembre-se.
"Curta muito a sua companhia."

Casamento dá certo
pra quem não é dependente.

Aprenda a viver feliz
mesmo sem homem/mulher ao lado.

Se não tiver com quem ir ao cinema,
vá com a pessoa mais fascinante:
V O C Ê ! ! !

Fique bem, tá?
Que sua noite seja plena,
e, seus sonhos,
luminosamente cheiinhos de muuuuuuita luz!

Beijos...

Apenas...

Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma.
Você pode voltar e nada ser como antes.
Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso.
Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar,
Do seu pai te levando pela mão,
Dos desenhos animados com seu irmão,
Do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural
Do cheiro que você sentia naquele abraço,
Da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver,
E como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.

Martha Medeiros

Charme do Mundo

Eu tenho febre, eu sei
É um fogo leve que eu peguei
Do mar, ou de amar, não sei
Mas deve ser da idade
Acho que o mundo faz charme
E que ele sabe como encantar
Por isso sou levada, e vou
Nessa magia de verdade
O fato é que sou sua amiga,
Ele me intriga demais
É um mundo tão novo
Que mundo mais louco,
Até mais que eu
É febre, amor,
E eu quero mais,
Tudo o que quero,
Sério,
É todo esse mistério

Quantas vezes...

Quantas vezes nós pensamos em desistir,
deixar de lado, o ideal e os sonhos;
Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça;
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir;
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas;
Quantas vezes falamos, sem sermos notados;
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota;
Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair, justamente na hora que precisamos parecer fortes;
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz;
E a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor;
E a gente insiste,
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser;
E Deus insiste em nos abençoar,
Em nos mostrar o caminho:
Aquele mais difícil,
mais complicado, mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
por que tem uma missão...
SER FELIZ!

Limites...

Eu não me limito!
Não me limito à ser...
Não me limito a ter...
Não me limito à querer...
.
Quero tudo e mais pouco
Tenho tudo e acho pouco
Sou tudo como um louco
Quando se trata de você.

Meu Amor...

O meu amor é algo complicado,
Pois é engenhoso, insubmisso, astuto.
É um segredo ainda não revelado
É um mistério vago, irresoluto.

O meu amor não fica emocionado,
Ao descompasso que do peito escuto
É um diamante ainda não lapidado
É feito a jóia, quando em estado bruto.

E este amor que tanto desconheço,
Que ora me eleva, ora me subestima
Por qual me alegro e por qual padeço

Que me derrota, ou que me põe por cima
É o sentimento o qual pago o preço
De ficar horas para achar-lhe a rima.

sábado, 28 de novembro de 2009

O Perdão...

Nada me irrita mais do que não conseguir realizar o que desejo. Estou extremamente irritada com minha falta de paciência, de objetividade, com os meus excessos de ansiedade. Quero muito fazer isso, mas parece que devo aceitar passivamente em apenas permanecer na vontade. Que droga!! Como é frustrante ter que me conformar com a idéia. Aqui estou eu, mais uma vez detida na inércia do meu pensamento. Tento desesperadamente lutar contra isso, mas a lentidão que me atinge é mais forte do que eu neste instante. Dar o primeiro passo é para mim, como aprender a andar. Sei que devo ter mais atitude, mais determinação, mais personalidade. Sim! Preciso disso! Por favor, garçom me dê mais uma dose de mim. Dose dupla! Quem sabe assim, consigo levantar-me desse frenesi que teima em não aquietar a alma.
Nesta ânsia de fazer o que é certo pra mim, de ir ao encontro dos meus valores, levanto-me! Bem, é hora de deixar as inquietações de lado, jogar fora as coisas que não acrescentam nada para mim, cuspir em cima do medo e acordar dessa letargia, dessa apatia. Confesso que não é assim tão simples. Quisera eu que pudesse ser vendido em qualquer esquina. Talvez por ser tão difícil se torne algo de extrema importância na convivência humana. Ahhh como eu gostaria que ele viesse embrulhado em um pacotinho, simples de ser aberto e descoberto. O que me aflige é que para que isso venha à tona, ou seja, a minha essência, eu devo me libertar. Devo passar por cima do meu orgulho, tirar a minha máscara e me encontrar. Após ter me despido de tudo aquilo que antes me vestia, estou pronta para dar. Assim sendo eu quero e necessito faze-lo: então será que você poderia aceitar o meu pedido de PERDÃO?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sofá Amarelo

Hoje entrei em um antiquário. Nunca imaginei como poderia encontrar tantos “tesouros” por trás daqueles móveis usados. Nunca na verdade imaginei que poderia descobrir tanto de mim em um lugar como este. Não que já não estivesse estado em outros, mas hoje era diferente. Tudo estava diferente... Eu estava diferente.
Olhando cuidadosamente ao meu redor, olhei para todas aquelas ‘quinquilharias' espalhadas pela lojinha. Deparei-me com aquele sofá de dois lugares, talhado em madeira trabalhada escura e com o estofado em amarelo. Fiquei por alguns minutos ali observando aquele objeto. Devo ter despertado a curiosidade da vendedora que alegremente, me tirou daquele devaneio me perguntando se havia gostado. Pra mim, na verdade, eu não tinha resposta para a pergunta. Apenas estava ali, como uma estátua idiota, enquanto dentro de mim um turbilhão me assolava. Parecendo entender o que se passava comigo a vendedora foi me explicando a origem daquele sofá. Ele já estava na loja havia algum tempo. Ninguém ousara comprá-lo, embora fosse muito bonito. Questionei-me por que. Outra vez não precisei formular a pergunta, pois a vendedora logo me metralhou com as informações que eu queria e não queria saber. O sofá datava-se da segunda guerra mundial. Fora um presente de um marido apaixonado para a esposa que se encantara pela peça antes do casamento. Infelizmente este homem falecera logo após, vítima de tuberculose. Por não suportar a dor que o objeto lhe trazia, a mulher o guardara longe dos olhos por toda a sua vida. Assim era a estória do sofá. Passado por gerações, ninguém verdadeiramente o quis o suficiente para colocá-lo no lugar que realmente pertencia: no coração de alguém.
Ali estava eu admirando cada vez mais aquele objeto, enquanto a moça narrava-me o sofrimento. Comparei-o com a vida.
Na verdade, muitas vezes fazemos isso. Jogamos para escanteio ou ignoramos ou ainda desprezamos algo que nos trás dor. É mais fácil fechar os olhos e fingir que não nos incomoda que não tem nada ali. Se isso é certo ou errado não sei, cabe a cada um tomar a sua decisão e conviver com ela. Quanto a mim, a cor berrante do amarelo me incomodava. Não a cor do objeto em si, mas porque o assimilei ao sinal de trânsito. AMARELO = CUIDADO!! Sim, quantas vezes ignoramos esse aviso. O que pode ser na maioria das vezes fatal. Voltando as minhas analogias, me encontrei vendo naquela matéria inanimada, um pouco da minha própria vida. Quantas vezes por medo de sofrer, por medo da rejeição, por medo de sentir medo, não me permiti ter a alegria de um presente de amor. Entendia perfeitamente os motivos da jovem esposa de não querer mais o objeto tão almejado, após a morte do amado. Mas havia também outra opção, talvez a mais difícil, ter que olhar o sofá todos os dias e imaginar o que poderia ter sido deve ser frustrante, mas também pode ser libertador. Essa opção só é viável para os corajosos. Aqueles que são capazes de correr riscos e viver a vida, encarando-a de frente. Atrevo-me a afirmar que poucos são capazes de tal ato.
Voltando ao sofá, desejei de coração que alguém algum dia entendesse o sentimento que aquela peça trazia consigo ao longo dos anos. Que alguém fosse sensível o suficiente para olhá-lo e enxergá-lo como um coração que foi humildemente ofertado e infelizmente ao longo do tempo, totalmente desprezado. Queria poder ser esta pessoa. Mas como as outras, estava também escondendo as minhas próprias marcas. Fortalecendo-me na mentira que eu era forte o suficiente para decidir não me arriscar a viver um sonho. Hoje é mais fácil pular de para-pente na pedra da Gávea, do que me arriscar no salto incerto de um sofá amarelo. Enfim, tudo aquilo que nos apresenta como dor, automaticamente ligamos o plug interno dentro de nós e nos fechamos. Talvez pelas marcas que o tempo deixa em nossas vidas e o modo como às enfrentamos, tira de nós um pouco da vontade, do desejo de se deixar levar pelos sentimentos, pelo coração. Ninguém nunca disse que amar é fácil. Muito pelo contrário. Amar é por diversas vezes tão difícil que nos questionamos se podemos não associá-lo com a dor. O que muitas vezes pode levar para longe de nós algo bonito, forte, sincero, capaz de balançar nossas estruturas. Algo que muitos de nós chamamos de FELICIDADE. (eu particularmente hoje o chamo de sofá amarelo).

domingo, 18 de outubro de 2009

Deixando o Passado para Trás!!

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.As coisas passam , e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.. E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A saudade de um irmão...


Quando cheguei à igreja no último domingo, observei que quase não havia mais lugares para sentar. O que pra mim não era uma boa coisa, uma vez que gosto de sentar sempre no mesmo local. Algo tipo " cadeira cativa". Lógico que isso não é possível. Mesmo devido ao tamanho do templo. Após alguns segundos decidi me sentar um pouco mais atrás. Passei a observar a movimentação das pessoas antes que o culto começa-se. Algumas conversavam, outras se abraçavam, outras se cumprimentavam. Foi aí, neste exato momento que senti uma grande tristeza me invadir. Lembrei-me de uma época em que olhava para a galeria e podia te ver ali. Com aquele enorme sorriso, com seus olhos brilhantes, com sua voz ungida. Por breves minutos fui transportada no tempo. Te encontrava novamente, via teus braços abertos para me abraçar, suas palavras para me consolar. Fui sugada pela saudade! Lembrava-me do meu celular tocando altas horas, ou mesmo quando você "escapulia" do trabalho para passar na minha casa para saber como eu estava. Meu Deus como sinto tua falta!! Queria tanto que aquele momento estivesse mesmo acontecendo. Que você estivesse na igreja, que você estivesse feliz!! Orei pedindo que Deus te protege-se, te toca-se, te alegra-se. Pela fé creio que o Senhor te visitou.
Sabe, nos conhecemos a muitos anos. Conheci e conheço muitas pessoas. Algumas delas se tornaram insubistítuiveis na minha vida. Mas nenhuma delas terá o valor que você tem pra mim. Quando Deus te colocou no meu caminho eu sabia que estava ganhando um amigo, mas Graças a Deus, os sonhos Dele são maiores e eu ganhei mais: ganhei um irmão. Sei que vou te amar por toda a minha vida, porque você faz parte de mim, da minha história. Passamos por tantas coisas não é? Tantas lágrimas compartilhamos, mas também quantas risadas demos??
Hoje você mora longe, mas você sempre será o meu irmão Dudu, que sem pudor nenhum adotei. Você ontem me disse que quando eu menos esperar, você estará aqui tocando novamente a campainha da minha casa e me fazendo uma surpresa. Vai ser um dia muito especial.
Não tenho palavras para agradecer a você, pelo apoio que me deu quando estava lá caída no poço da desilusão. O seu cuidado comigo não tem preço. Não sou capaz de retribuir tudo o que fez por mim. Peço a Deus que Ele te retribua cem vezes mais!! Que você possa ser feliz, ter seus sonhos realizados, que possa ter êxito em todas as áreas de sua vida. Obrigada IRMÃO!! Tô contando os dias para você chegar. Hoje eu posso dizer que sou abençoada por muitos motivos, e um deles é por ter um anjo que faz parte da minha vida: você!!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Geração GPS

Vivemos na era do GPS. Um mapa eletrônico que te guia para onde vc quiser ir. Não ficamos mais confusos com aqueles mapas de antigamente. As vezes sinto falta daquela parafernália toda. Quantas vezes me diverti com os amigos tentando achar o melhor caminho para se chegar ao objetivo. Discussões, opiniões, até chegar ao denominador comum. Era fascinante! Quantas vezes erramos os caminhos e descobrimos lugares, vilarejos, pessoas inesquecíveis. Quantas foram as vezes que a tal cidadizinha não aparecia ali no mapa e tínhamos a sensação de estarmos em algum filme do Indiana Jones, em uma grande aventura. Não nos davámos conta de como éramos felizes. Eramos desbravadores não apenas de lugares, mas de pessoas. Hoje o GPS substituiu essa árdua procura. É muito mais fácil traçar o destino e chegar lá, sem ao menos ter a preocupação de "conhecer" pessoas no caminho. O mundo se preocupa mais com metas do que com sentimentos. Talvez esse seja o preço que se paga por viver em um mundo globalizado. Hoje se vc não possuir um computador onde possa acessar a internet, você é considerado um analfabeto. Sim, aquele tipo de pessoa que não se adequa as exigências da sociedade.
Sei que meus filhos um dia não pularão elástico, brincarão de pique ou soltarão pipas, como minha geração costumava fazer. Eles poderão ter mais inteligencia, mas me preocupo se eles sentirão aquilo que antes era tão fácil e tão simples, mas que fazia um bem danado: o valor de uma verdadeira amizade. As coisas que realmente importam: o sorriso que damos, o ombro amigo que oferecemos, a gargalhada verdadeira, o amor sincero, o valor da família.
Talvez o GPS na geração deles seja ultrapassado e eles terão perdido essa sensação de escolha. Por isso vou guardar tudo isso, para que eles jamais esqueçam, que o cerebro e o coração trabalham em sintonia. Quando um passa a frente do outro, as pessoas tendem a morrerem em vida. Mas farei a minha parte e ela será guardada para deixar de herança aos meus filhos para que eles possam ter a escolha de fazer a diferença.

Meu ex perfil do orkut!!

Gosto da beleza comum, dos cabelos escuros, do sorriso sincero e do brilho no olhar. Não posso esquecer do quanto me fascinam os gestos de carinho gratuitos; aqueles que saem sem querer e que, aparentemente, não têm o mínimo de pretensão. Adoro defeitos - ainda que me irritem - afinal, se não fossem eles, o que é lindo de verdade não se destacaria. Não sei lidar com gente calada ou muito séria; mas antes, tento a qualquer custo, reverter essa situação.

Sou obcecada pela precisão e intensidade das palavras. Tenho medo do escuro, de injeção e de raios. Temo ainda: a solidão, o fracasso e o fim das pessoas e das coisas que eu quero que durem pra sempre. AH! Costumo morrer de medo que apareça um mega caminhão tanque na outra pista sempre que faço uma ultrapassagem.

Acho que sou perfeccionista, pois uma das coisas que mais me irritam no mundo é quando não consigo ser boa no que faço. Não gosto que venham conversar comigo enquanto escuto uma música que sei a letra. Tenho mania de circular por todas as sessões quando vou a um supermercado, de corrigir erros de grafia dos outros (é, sei que é irritante) e de, às vezes, abrir os olhos quando estou beijando para ver os olhos fechados e compenetrados de quem me beija.

Interesso-me por pessoas com conteúdo, conversa agradável e ambições na vida. Fico insuportavelmente enojada e antipática ao lidar com rostinhos bonitos sem nada na cabeça.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Papel em branco

A folha está em branco outra vez. Tento me concentrar no intuito de tentar escrever alguma coisa que realmente me faça entender esse furacão dentro do peito. Nos encontros de mim, nunca saio com a cabeça leve ou a alma lavada. Na verdade há mais perguntas e questionamentos que respostas. Sei que somente eu poderei responder a tudo aquilo ao qual me questiono, mas o grande problema é o querer. Eu não me sinto a vontade para me confrontar e admitir os erros que cometi. Não quero sair da minha zona de conforto para talvez enxergar que a dor que sinto é o fruto da escolha que fiz. Como é comodo colocar a culpa de tudo que acontece de ruim em nossas vidas, em situações, em pessoas, em Deus. Como é fácil falar " se não tivesse acontecido aquilo..." se fulana tivesse..." porque Deus não me tirou dessa, se Ele me ama?"... São tantos "Ses" que dar a cara a tapa, se apresenta como algo impossível de se fazer.
A irônia é que sempre achamos algo para que não nos encaremos no espelho. Fechar os olhos é um ato bem fácil. A gente se acostuma bem rápido. Martin Luther King uma vez disse: " Nada é tão ensurdecedor do que o silêncio dos inocentes". Não posso me incluir nesta citação. Não sou inocente!! Sou culpada das consequências de minhas escolhas. Sejam elas boas ou não.
Olho novamente para minha folha em branco. Não quero falar. Não quero escrever. Quero não pensar. Luther King tem razão, nada é mais ensurdecedor do que o silêncio neste momento.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Palavras...

As vezes eu me perco no que gostaria de escrever. Fico lendo e lendo vários autores, poetas, pessoas que falam com palavras. Sim... falar não é apenas babulciar letras, conjunções e achar que está assim se dizendo alguma coisa. Há pessoas que realmente falam. São pessoas que usam a alma para fazer isso. Nos indentificamos com a escrita simplesmente porque a sentimos. Não me atrevo a pensar em mim desta forma. Na maioria das vezes apenas escapam palavras incoerentes de uma vida que não via o sentido das coisas. Mas hoje, eu quero escrever com minha alma. Estou em paz, não há dúvidas, não há incoerências... há a paz. Esta que excede todo o entendimento. Esta paz que não deveria estar aqui no peito me invadindo e aumentando a medida que digito febrilmente este texto. Esta paz que embora haja lutas travadas, montanhas a serem ultrapassadas, metas a serem superadas, o estresse da correria tão rotineira, ainda assim está aí. A Paz que ninguém pode me tomar, roubar, invejar porque ela me foi dada. Apenas uma coisa pode me tirá-la: eu mesma. Simples assim. Posso perdê-la! Mesmo sabendo disso, eu sei que poderia voltar a tê-la no momento que percebesse q houvesse perdido. A paz que só encontro quando me ajoelho ao lado da minha cama e elevo o meu coração a Deus, o único possuidor de TODAS as coisas que me são necessárias. Aqui estou eu mais uma noite, quase madrugada, me elevando a Ele para agradecer por ser humana e errar. Quantos erros são cometidos e muitas vezes não nos damos conta disso, ou se damos, na maioria das vezes é tarde para que aja arrependimento. Não querendo correr esse risco, clamo por perdão, com a convicção que o meu pedido de perdão virá acompanhado da misericórdia Dele, que é o motivo por eu ainda estar viva. Obrigada Pai!!
Hoje eu estou em paz, porque hoje eu estou com DEUS!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Palavras ao vento...

Detesto quando quero escrever algo e as palavras me faltam. Detesto quando quero expressar meus pensamentos, minhas vontades e não encontro as palavras adequadas para isso. Detesto me sentir assim: impotente!! Detesto ter que recomeçar a escrever e a reescrever e a reescrever... Destesto quando estou assim incoerente comigo, com meus pensamentos. Detesto quando simplesmente travo!! ahhh... Não é justo!! Mas que justiça há quando falamos em sentimentos? Iludo-me ao pensar que poderia descrever as incoerencias dentro de mim. Talvez seja melhor eu parar de tentar e esquecer. Mas isso não ouso fazer porque sei que a agonia que me corroi grita. Que agonia é essa!! Que incerteza é essa que não deixa me expressar da maneira que preciso!! Estranho! Com tantos anos vividos, nunca me senti assim: tão vazia de mim, oca de palavras e atitudes. Absolutamente não sei o que fazer. Talvez seja melhor descer a rua e tentar achar com os olhos, o que o coração procura: Ser feliz!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Uma carta para o meu irmão


Estava navegando na internet quando me deparei com a notícia que o ator Patrick Swaze morreu, vítima de um câncer no pancreas. Ele lutou contra a doença por dois anos. O irônico disso foi que ao abrir o blog para escrever, quis escrever sobre você. Coincidência? Não. Vc sabe muito bem que não acredito nisso. Acredito no mover de Deus. Me sensibilizo com a dor da família do ator e de milhares de pessoas que passaram por isso. Afinal eu sei muito bem o que elas sentiram. Eu sei o que é quando os médicos não podem mais fazer nada e o diagnóstico é fatal. Como conheço esse sentimento de impotência, tristeza, dor.
Quando éramos crianças, assistimos vários filmes dele, lembra?? Qts vezes vc me fez assistir a Dirty Dance!! Costumávamos brincar que vc até parecia com ele fisicamente: Loiro, olhos claros, um sorriso no rosto, o olhar expressivo, um guerreiro. Só que nunca imaginávamos que vcs teriam mais uma coisa em comum: A mesma doença.
Recordo cada dia em que estive no hospital durante o tempo em que vc ficou lá. Os corredores tinham cheiro de desesperança. Vimos pessoas se curarem e pessoas partirem. Isso fazia parte do nosso dia a dia. Quantas vezes chegavamos para visitá-lo, mas não o encontravamos em seu quarto. Dias de CTI, várias cirurgias, medicamentos fortes. Foi uma época difícil. Mas crescemos.
Lembro-me de um rapaz q ficava próximo a vc, não tinha completado 15 anos e estava paralítico. Como estava abandonado e com alta, o hospital não se sentia na obrigação de alimentá-lo. Naquela situação me senti tão orgulhosa de vc!! Tive muitos momentos de me orgulhar de ser sua irmã. Mas nenhum outro foi tão forte quanto aquele. Embora frágil, devido a radio, aos medicamentos e as cirurgias ao qual vc estava se submetendo, mesmo com a dor que isso lhe trazia, pois a anestesia não fazia efeito. Como vc mesmo descreveu:" senti cada momento em que rasgavam minha pele". Embora sofrendo, ( não quero transformá-lo em mártir, longe disso), vc foi capaz de muitas vezes doar a sua comida e as frutas ao qual sempre levávamos. Como aprendi sobre solidariedade, sobre amor ao próximo naquela situação.
Louvo a Deus porque embora a biópsia, os laudos médicos, as previsões de que vc não sobreviveria, a última palavra sempre foi de Deus. O Homem disse que vc morreria, mas Deus disse que o milagre aconteceria. A última palavra sempre será do PAI. Não me canso de agradecer ao meu Senhor, por permitir que vc esteja aqui com a gente, vendo teu filho crescer e gozando de uma ótima saúde. Obrigada Jesus,meu Mestre, por permitir que aprendessemos tanto com a dor e que nos alegrassemos tanto com o impossível que só o Senhor tornou possível. Afinal, como um câncer desses pode simplesmente desaparecer?? E ainda tem gente que não acredita em Ti.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Meu sorriso!!

Quando me deparei com minha imagem no espelho hoje, me assustei. Não era a mesma imagem ao qual sempre me vi ao acordar. Ao invés de bochechas rosadas e olhos cansados, lá estava uma mulher que não tinha visto outrora. Fitei-me por um longo momento, observando cada detalhe que compunha este novo reflexo. Vi que meus olhos estavam mais brilhantes e meu rosto mais pálido, mas a diferença não estava ali, mas sim no sorriso que se alargava a medida que me observava. Engraçado isso. Não que nunca houvesse sorrido ao acordar, mas este não era um sorriso comum. Tentei pensar o porque do sorriso. Descobri que desta vez não havia uma razão específica. Compreendi que por detrás do brilho em meu rosto, não havia uma história para que estivesse ali. Hoje eu descobri que não há necessidade de uma história, um fato, um acontecimento ou uma pessoa, para que o meu sorriso se torne mais brilhante. Que descoberta eu fiz!!
Hoje ninguém no mundo apaga este sorriso... simplesmente porque não estou sorrindo para uma lembrança, uma pessoa, ou mesmo uma imagem.
Estou sorrindo pra VIDA!!

domingo, 23 de agosto de 2009

Café sem açucar, Por favor

Esse texto foi escrito por uma pessoa q saiu da minha vida. Fez parte dela por quase 3 anos. Mas a vida é assim. Uns permanecem, outros partem. Essa pessoa partiu, foi viver a verdadeira vida, não a ilusão que um dia me apresentou. Posto esse texto por gratidão. Sem mais.


Hoje, no caminho para casa, ouvi uma velha conhecida na rádio. A música. Aquela.
A que cujo par martelava na minha cabeça, fazia barulho no telefone e batucada no meu peito.
Hoje ela não teve par. Estava sozinha. Em mim, no pensamento e no coração. Meus tímpanos a absorveram pura, límpida, heterogênea. Eu sabia que agora ela era apenas mais uma, apenas a próxima, a que recém tocou, a que ouço no agora. Sem ser especial. Sem ter significados.

E depois de tanto tempo, me senti livre.

Livre de não associá-la a mais nada. A ninguém. Mas, também senti um vazio. Uma "coisa" oca por dentro. Senti não sentir. Uma liberdade mais parecida com solidão. A música não tinha mais par, assim como eu. Éramos nós dois. Ambos cantando no ritmo; eu sabendo mais sobre ela do que ela de nós - antigamente parecia nos conhecer tão bem. Porém, não havia mais nós. Havia eu. E a cidade. E as pessoas. E as gargalhadas. E os planos. E os sonhos. E... é, reticências. Tanto destratei aquele par que ela abandonou a música. Injustiça? Não, ela fez o certo e eu achei que sabia o que fazia. Ainda era minha, de alguma forma. Ainda era dela, mas só eu sabia. Hoje descobri o que é esquecer. Descobri que esqueci. Que guardei tão abaixo de meus pés aquele sorriso, até que ela cavou uma passagem e encontrou seu novo repertório. Pode não ser o preferido ou o melhor que ja compôs, mas este ela sabe que não vai parar de tocar de repente, como o meu costumava fazer. E eu? Bem, eu continuo vivendo as ironias que derrapam no meu caminho, ouvindo as músicas que as estradas me oferecem, sem impôr poesia alguma a quem quer que seja. Não sei se aprendi algo. Encontrei tantos devaneios enquanto ele trilhava sua sorte sob meu reino de ilusões, que agora, só me resta trocar de pista. Não quero lembrar. Não quero esquecer. Quero não pensar. Um dia a música encontrará seu par, mas eu não a ouvirei. Não mais. Continuo tão conservador e frio quanto antes, só que, mais esperto e menos egoísta.

sábado, 8 de agosto de 2009

Desaprender


Hoje me deparei com este texto de Martha Medeiros e concluí que tudo o que estou sentindo neste momento se enquadrada neste contexto. Espero que gostem!! =)

"Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho.
Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado.
Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz.
Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente. A solução é voltar ao marco zero.
Desaprender para aprender. Desmanchar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá para renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar”.

domingo, 2 de agosto de 2009

Clarice Lispector

"Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma em boi. Assim fiquei eu...Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma". Clarice.

O meu eu

Hoje não posso deixar de citá-la. Há em mim a controvérsia, a ambiguídade, a sensibilidade de Clarice Lispector. As palavras se escondem de mim. Tento senti-las, mas o que sinto é oco, é vazio. Queria poder encontrá-las para assim, começar a escrever algo que preste. Algo que valha a pena ser lido. Que situação em que me encontro!! Onde foi parar meu eu?? Onde foi parar o meu sentir?? Vasculho desesperadamente minha mente e nada. O que me sobra são as experiências... as lembranças... mas não o sentir. Novamente em desespero, tento procurar sentido nos sentimentos, no coração. Tudo em vão!! O coração está estilhaçado por um amor qualquer. Foi pisado, machucado e agora encontra-se quebrado. Não há no coração a emoção, o sentido que havia. Este orgão que retém nossas verdades é um tolo!! Entrega-se ao primeiro que aparece dizendo que ama, sem amar, que volta sem ao menos se entregar-se. Quanta ilusão!! Ops... ilusão?? É isso que esse tolo está dizendo?? Não... apenas ecos de lembranças!! No lugar deste coração já não há mais lugar para os sentidos. Então, onde estou eu?? Enfrento-me, confronto com meu eu, olho na cara dele com raiva por me deixar assim... morta!! Sem sentimentos, palavras. Acredito que sou mais parecida com um fantasma, do que com meu reflexo no espelho.
Ahhh onde estou?? Olhando fundo em mim, encarando-me de frente, vejo que meu eu silenciosamente grita: Estou aqui!!! Mas não me exergas por causa da inércia que te envolve. Tolices você já fez muitas, mas não termine com aquilo que és, não permita que se faça pedra. Ou vai acabar em outro vazio... o vazio da dor.
Então eu sentei e escutei. Encontrei minha alma e saí caminhando novamente.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Apenas Sendo...

Como explicar que o meu maior medo é o de ser? Como se explica que o meu maior medo é o de ir vivendo sendo?? Ahhh quanta confusão encontro neste mundo febril de mim mesma. Deixar esse medo é como deixar de ser quem sou. Não!! Não estou pronta para tal sacrifício. Mas seria isto? Um sacrifício, um mártirio de mim? É como andar de muletas, tendo pernas. Sei viver assim com minhas partes, não sei exercer o desapego. Seria isso o medo de uma desilusão? Então talvez a definição de desilusão seria não pertencer a padrões pré estabelecidos. Se assim fosse, a maioria das pessoas estariam muito felizes por se desiludirem. E eu? Estou? E o medo de ainda continuar sendo este protótipo que me define?Teria eu a coragem infantil de me perder?
E se isso acontecesse eu teria que ir me achando...
Não seria isso o que defini-se de vida? Encontrar-se todos os dias, renovar-se a cada experiência? Isso me faz perceber que eu estive presa. Mas eu quero me libertar?? Eu era feliz na minha segurança? A gente é aquilo que nos apresenta como conforto, como certo, como seguro. E se ser não for mais seguro pra mim? Então o redescobrir-se é o caminho que devo seguir, afinal segurança não é sinal de que se está vivo, mas sim de quem já morreu.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Desconhecido

Desconhecido. É esse o seu nome, não é? É esse nome que não sai da minha cabeça e me faz delirar numa frenesie louca de poder te conhecer. Ahhh desconhecido, vc pensa que é ligeiro e que pode sem dó ou piedade se esquivar sempre. Veja bem desconhecido, você pode até não querer os holofótes, mas não é assim tão obscuro não. Eu sei que o seu passatempo prefirido é impor a sensação de medo, temor e ansiedade. Mas olha aqui desconhecido, eu não tenho medo de você não!! Talvez eu tenha nascido com alguma teclazinha que desliga em mim, o efeito que você deixa na maioria das pessoas.
Eu sei que um dia a gente vai bater de frente. Você não vai poder se esquivar de mim nem virando herói de alguma história hollywodiana.
Quero te olhar nos olhos e ver o que você tão arduamente esconde. Desconhecido, espero lutar freneticamente e vou contra você. Sei que não vai se entregar assim tão facilmente. Mas estou certa de que vencerei. Ahhh como anseio este momento desconhecido, porque sei que quando encontrá-lo a vida vai sorrir e eu então poderei mergulhar e fazer o que eu sempre quis: abraçar totalmente e infinitamente você: O CONHECIDO!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Amar Você

Se você estivesse comigo agora
para viver o que não foi possível;
para amar o que foi esquecido;
e esquecer o que não pôde ser amado...

Se você estiver agora
vivendo o imprescindível;
fazendo o desnecessário;
e sentindo o inesperado...

Se o imprescindível for amar-me;
o desnecessário esquecer-me;
o inesperado encontrar-me..

É melhor que venha preparado
para viver o impossível;
amar o indescritível;
sonhar a realidade;
e realizar um grande sonho...

Venha sem pensar;
venha por querer;
venha sem razão...

E antes de imaginar
o que não será
lembre-se de que tudo é ,
basta pensar e querer
sonhar e viver;
crer e amar...

mas não demora,
pois tenho pressa
penso que já é hora...

Quero viver
o impossível;
sonhar a realidade;
acreditar no amor ...

amar você ;
viver você...

imprescindivelmente,
inesperadamente,
necessariamente,
desesperadamente
você!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Caminhos

Amanheceu. Olho para os lados e nada encontro, há somente o vazio. Lentamente fixo meus olhos na janela e observo por alguns instantes as marcas que a tempestade deixou. Então em um ápice de insanidade corro pelas escadas, abro a porta e torno a olhar a rua. Silêncio total. Tento não deixar que as lágrimas escorram sobre minha face, mas elas são mais fortes do que eu. Sabendo-me vencida volto pelo mesmo caminho e fico a imaginar, se aqueles beijos, os toques, o teu olhar, o brinde, o champanhe, as promessas, o luar, foram apenas uma ilusão. Tudo um sonho que se desfez quando eu ousei abrir os olhos outra vez.
Sentada no sofá releembrando o que se passara, tento procurar vestígios daquele momento mágico, onde eu era a protagonista de um amor mais forte que deixaria Romeu e Julieta esquecidos na sua própria tragédia. Ainda pertubada pela intensidade dos meus pensamentos volto a olhar o meu corpo inflamado pelo amor, mas também castigado pela duvida da dor.
Novamente em um ímpeto de loucura me levanto e corro pela rua. Tenho que ir...
Sem destino ou mesmo sem um lugar para se querer chegar, apenas ir...
Talvez assim eu esqueça de tudo o que aconteceu, talvez esqueça que um dia eu amei, me entreguei: corpo, alma, coração. E encontrei o vazio, a dor e a desilusão. Talvez eu esqueça que me deixei levar, acreditando que era o amor que tinha vindo para ficar, mas era apenas o desejo tomando o seu lugar.

domingo, 19 de julho de 2009

Vício

Vício, não. Se você é viciado em alguém, vai só até a metade do caminho: revolta, lágrimas, saudade e recaída. E pára por aí. Insiste na recaída. A ansiedade faz você cometer loucuras para ter o seu amor de volta, e quando consegue cinco minutos com ele, atira-se com volúpia: fuma, cheira, bebe o cara até a última gota. Depois? Uma inebriante sensação de cura. Não, você não precisa mais dele. Pode muito bem passar sem ele. Você nem o acha tão atraente assim, e volta para casa sentindo-se um Hércules de saias: conseguiu vencer a si própria.
Passam-se então duas semanas e você liga para a companhia telefônica para saber se sua linha está com defeito. O telefone simplesmente não toca! Seu carro também já não obedece suas ordens: dirige-se sozinho para a rua onde mora o querido, só para ver se a moto dele está em frente à garagem. Está. Então ele não voltou para Vênus, continua na cidade. Você começa a suar frio. Sente vertigens. Mastiga o lápis do escritório, derrama café nos colegas, treme ao segurar um copo. Diagnóstico: crise de abstinência. Você o procura. Precisa urgente de uma injeção de carinho na veia.
O final dessa história? Não existe. Ele precisa dela também, caso contrário nem abriria a porta. Reivindica-se a criação urgente de um AA: Apaixonados Anônimos. Assim como tem gente que, para vencer o alcoolismo, evita dar oprimeiro gole, algumas pessoas precisam aprender a evitar o primeiro beijo para não reincidir num amor que faz mal à saúde.

Sim, Eu Aprendi!!!

Aprendi a rír para não chorar
aprendi a calar quando precisava falar
Aprendi a cantar para encobrir a solidão
Aprendi a não escutar a voz do meu coração
Aprendi ver coisas ruins e depois esquecer
Aprendi a acreditar em tudo para não enlouquecer
Aprendi a reter a mão a quem precisava ajudar
Aprendi a seguir em frente sem me importar
Aprendi a viver na sociedade sem saber que apenas fazia parte da mediocridade

SIM , EU APRENDI

Aprendi um pouco de tudo...
... Menos ser EU mesma!!!