terça-feira, 6 de outubro de 2009

Papel em branco

A folha está em branco outra vez. Tento me concentrar no intuito de tentar escrever alguma coisa que realmente me faça entender esse furacão dentro do peito. Nos encontros de mim, nunca saio com a cabeça leve ou a alma lavada. Na verdade há mais perguntas e questionamentos que respostas. Sei que somente eu poderei responder a tudo aquilo ao qual me questiono, mas o grande problema é o querer. Eu não me sinto a vontade para me confrontar e admitir os erros que cometi. Não quero sair da minha zona de conforto para talvez enxergar que a dor que sinto é o fruto da escolha que fiz. Como é comodo colocar a culpa de tudo que acontece de ruim em nossas vidas, em situações, em pessoas, em Deus. Como é fácil falar " se não tivesse acontecido aquilo..." se fulana tivesse..." porque Deus não me tirou dessa, se Ele me ama?"... São tantos "Ses" que dar a cara a tapa, se apresenta como algo impossível de se fazer.
A irônia é que sempre achamos algo para que não nos encaremos no espelho. Fechar os olhos é um ato bem fácil. A gente se acostuma bem rápido. Martin Luther King uma vez disse: " Nada é tão ensurdecedor do que o silêncio dos inocentes". Não posso me incluir nesta citação. Não sou inocente!! Sou culpada das consequências de minhas escolhas. Sejam elas boas ou não.
Olho novamente para minha folha em branco. Não quero falar. Não quero escrever. Quero não pensar. Luther King tem razão, nada é mais ensurdecedor do que o silêncio neste momento.

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